terça-feira, 8 de dezembro de 2015

De volta a reeducação alimentar

Lembro que ano passado já me sentia mais pesada do que de costume do ano inteiro. Lembro que eu me controlei bastante durante as festas, mas começava a perceber que me corpo estava mais pesado. Em dezembro de 2014 estava com 62 kg, esse mantive até abril desse ano e hoje estou com 70 kg. O incômodo do peso é a mesma sensação de quando comecei a minha dieta, cansaço, falta de disposição, comer massa sem gastar calorias, sem treino, refluxo, gordura abdominal, calor, dores de cabeça e dificuldades para dormir.
Durante o ano de 2015 tentei corre varias vezes, impossível, meu pulmão mal aguenta 500m. Uma vez que durante esse trabalhei durante muito tempo 10 h por dia. Mas ok, doutorado garantido:
Apresentação do doutorado out/2015

Cansada dessa rotina de cansaço e extremamente improdutiva resolvi "recomeçar". Certamente engordar em um ano 10kg, envolve mais do que peso, envolve a gordura corporal que foi acumulada também e que só vai embora com muito suor.
Esse primeiro momento me concentrarei em perder peso de forma a fazer uma caminhada durante a semana.
Segue a tabela de acompanhamento:

Poderia até me preocupar com meu peso no próximo ano, mas quando você se sente mal com o seu corpo penso que você deve mudar agora.

Sigamos

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Os longos recomeçaram

Com a passada no doutorado em que me encontro realmente é difícil manter os treinos de 3-4 vezes por semana. No entanto para o bem da cabeça e do corpo, é necessário uma corridinha por semana.
No último fim de semana corri pelo aterro. A prática realmente eu tenho perdido, me atrapalhei toda para me preparar. Água demasiadamente congelada, Não cheguei cedo para correr. O pace querendo ser mais ligeirinho do que aguentava.

Me obriguei a duas coisas, parar quando quisesse, mas nao por muito tempo. Correr de forma contínua em um ritmo não acelerado e prestando atenção na respiração. Parar quando sentir dores muito fortes. Beber água, correr pela sombra, cumprir a distância que gostaria.

Fui toda atrapalhada, ficava querendo parar pra conversar no telefone, esquecia de tomar água. Demorei sentada tomando o gel, Queria desistir de fazer acima de 10km por pura preguiça. Eu sei que quando chegasse em casa ia dizer "puxa poderia ter continuado".

Segui pelo aterro todo, uma parte do Rio bem quente embora tenha árvores. Fiz o mesmo percurso de morte do final da meia internacional. Ainda continua penoso esse trecho. Espero um dia faze-lo com tranquilidade na mesma hora que fiz na meia maratona.

A movimentação do pé finalmente está acostumando com o tênis minimalista  que uso, o Saucony Hattori LC. Sendo um tênis sem amortecimento pisar na rua com força dói muito. Então me obriga a ser suave.

Tenho adotado comida de verdade ao invés de gel. Sem bolsa e sem emprego a economia impera. Então banana na mochila da camel bak. Acompanhar o meu ritmo, não dos outros foi um desafio. Manter um pace que eu achasse confortável também. Passei apenas uma senhora de muleta hahaha. Mas o objetivo era sempre uma distância longa, não poderia me comparar a pessoas que estavam ali para fazer 5 km.

Pensei ainda quando saí do aterro (ida e volta) a parar, mas resolvi entrar pelo túnel de botafogo e chegar em Copacabana. Lá deu fome e fui comer minha banana. Ok, o joelho estava reclamando estava cansada e certamente tinha passado dos 10km. Ótimo, volto para casa e descubro que fiz 12km, pronto encontrei minha motivação para voltar a minha corrida, o descompromisso.






segunda-feira, 8 de junho de 2015

A volta a corrida

Síndrome do corredor: É quando você no momento que conhece um lugar, olha determinando o trajeto possível para um próximo treino, isso inclui em um curto período de segundos. Você pensa em segundos, um cálculo pessoal de altimetria, de minutos/quilômetro... Seu olhar já está calibrado como seu gps. Você pensa como poderia carregar água, quanto de carboidrato, qual carboidrato e claro no seu bônus, quais as melhores paisagens para correr? As partes mais quentes, você sabe que perto do mar tem brisa, mas se tiver corredores de árvore pode ser muito úmido, melhor ir de manga curta, longa? Para mim sempre será bermuda, mais liberdade na passada, não sobe, não desce.





E ai você aprecia seu plano. Eu moro no Rio e aqui planejar treino é algo muito fácil. Toda a cidade é fácil de correr e todos estão bem acostumados a nossa presença. O meu último trajeto foi a Urca, acordei cedo e fui correr. 

Já tinha feito um treino por lá e lembrava que era muito quente já que entra em uma rua cercada por montanhas e com árvores, o que dá uma sensação de falta de vento, o final dessa rua é a praia, tão quente quanto hehehe. Mas um visual de tirar o fôlego. Comecei a correr próximo ao metrô do Largo do Machado e fui descendo para a praia de Botafogo. Maior preocupação era achar o ritmo e voltar a dominar o corpo dizendo para ele acordar que agora a velocidade era outra depois de longos 3 meses. 

A sensação foi péssima, tentei ajustar a passada, percebi que estava larga demais para o que eu conseguia e rápida também. Encurtei e desacelerei. Vamos lá eu consigo. Deu sede. Bebi água e cheguei na praia de Botafogo. Parei para atravessar a rua... Vontade de voltar pra cama. Tempo nublado. 

Atravessei 3 ou 4 pistas de grande movimento. Cheguei na calçada da praia. Paro pra bater foto. Nunca vi essa praia sem o Pão de Açúcar, esses monumentos aqui ajudam muito a compor a paisagem, é muito lindo. Vamos pensar, agora serão alguns 3 km até a praia da urca, se quero passar dos 5 km preciso correr por dentro da Urca. Farei isso.


Corri por trás de uma churrascaria para ficar mais perto de mar, segui direto na rua que entra na Urca, resolvi ir pela calçada no meio da rua, menos paralelepípedos, minhas pernas estavam reclamando. Acho que a ideia de longão não foi boa. Poderia ter sido uma treino de tiro. Mas quem quer correr apenas curtas distâncias perto da praia?

Era meu primeiro longão depois de muito tempo, desacelerei. Melhor assim... Passei pela frente do Instituto de Física e cheguei no bondinho, muitos corredores no meu caminho, maior parte homens. Pensei que mulheres deveriam se jogar mais a esse esporte e encarar essa adrenalina. Cumprimentei todos e todos me cumprimentaram, quem olhava parecia que já conhecia todos. Os turistas no bondinho é que ficavam achando muito estranho naquela hora alguém correndo. E eu não sou nada discreta quando corro, mochila rosa, blusa laranja e branca da ultima meia maratona, bermuda azul e vermelha. Um colorido condenável. Mas me sentia a garota mais sexy da praia hahaha. E enfim cheguei. De tirar o fôlego, o sol da manhã incidia na água e a deixava cristalina, os nadadores já estavam concluindo o treino e se reuniam no meio da água. A combinação de pedra, raios solares da manhã, areia gelada, árvores, mar, como não recarregar baterias já gastas nessas semanas difíceis?

Tirei fotos, guardei o celular, voltei a correr. Resolvi dar uma volta na praça do bondinho, pude ver as pessoas espantadas na minha chegada, um olhar de não entender nada. E assim resolvi sair dessa região e realmente entrar na Urca. Peguei a primeira a direita. Cheguei no meu lugar favorito a mureta, mas não a mais famosa, a minha mureta, a mais perto da entrada da Urca, onde os garçons eram nossos chapas, levavam cerveja pra gente e nem criavam caso em carregar nosso celular. Passei essa parte e foi quando vi a primeira corredora, parecia estar terminando e corria num ritmo muito bom, sem som, sem água. Resolvi correr até o instituo de Design. Sentia um peso nas pernas, acho que não tinha acertado o ritmo. Ok, ritmo se acerta na persistência. Continuei. Vi a construção que queria, ficava perto da praia e tinha uma parte que cobria a rua. Uma vez me disseram que a rua ao lado morava o Roberto Carlos, poderia até confirmar. Optei pela orla e continuei. Foi quando percebi que nos meus cálculos tinha corrido bastante e iria faltar a volta para casa. Parei de novo. Olhei o mar e de repente senti um nariz, um dog alemão imenso resolveu brincar comigo. Muito simpático, cumprimentei-o e o dono. 
Fiz um pequeno vídeo mostrando tudo. Que manhã! Do lado de cá estava tudo claro, a neblina na verdade tinha descido e estava no meio da enseada de Botafogo por isso as margens não se viam. 

Levantei, ajeitei a viseira. Voltei a corrida, dessa vez de volta. Muitos dos que encontrei na minha chegada, carregavam o pão e o café. Carioca é assim, ele adora comprar comida na rua, fazer refeições em geral na rua, comprar seu pão com manteiga para comer em casa. Sigo com esse cheiro pelo percurso. Penso agora no que vou comer quando chegar... Então faço o caminho de volta. E dessa vez entro na rua que dá para parte de pescadores, volto para a rua principal, encontro dois corredores de antes e pergunto se estão encerrando, estão vermelhos e suados, eles fazem um  grande esforço para me responder. 

Volto pelo mesmo caminho, passo o instituto, encontro maratonistas, inconfundíveis com a pouca roupa e excesso de suor, além do corpo  muito magro e a passada perfeita. Acho que já estão voltando. Cheguei na minha passagem, um senhor nessa passagem me olha incrédulo. Chego no lado de botafogo e vejo a Urca do outro lado, sim a neblina foi embora. 

Ok, está começando a ficar quente. Penso num banho. Ando um pouco, afinal não é o ritmo que estou acostumada mais. Sinto uma pressão no meu joelho. Droga, músculos mais fracos. Volto a correr, atravesso as ruas e chego no Flamengo, resolvo comprar frutas.: caqui e melancia. 

Que volta memorável, estou pronta para o dia com meus 9,5km depois de 3 meses sem nada.

sábado, 11 de abril de 2015

Quando a primeira visão do seu esporte se fecha

Descobri que a corrida faz total analogia a vida e assim depois de quase dois anos correndo percebo que o primeiro ciclo dela se fechou. Pode-se dizer a primeira visão, a paixão. 
O que ficou foi o amor, mas o romance nunca morre. Depois de muitos momentos de alegria e muitos momentos difíceis durante essa primeira fase da corrida, começo a perceber que abrandei, comecei a ver que é necessário viver momentos sem treino, momentos em que você não segue uma planilha. 
è necessário correr só pelo prazer de correr e não para cumprir tabela.
Se um resultado não deu certo, ok! O objetivo hoje é terminar. Primeiro que praticamente não estou treinando, então é necessário bom senso. Paro quando é necessário, vou no passo confortável até completar a distância que me propus.

Em uma corrida recente na Barra, passei muito mal de cólica, ânsia de vômito e sensação de desmaio.
Coisas de mulher, era tanta cólica que fui ao chão. Até que realmente passou e eu corri para acabar logo a prova.

Não me preocupo mais com tempo, até porque meu garmin quebrou hahaha! Então nao monitoro meu pace e tá tudo bem com isso. Marco no celular e só olho quando termino meu treino.

Tendo escutar o que estou sentindo e agora é a melhor epoca para correr, mas confesso que estou totalmente sem tempo.

Mas vejo a corrida de forma encantada e sei que ela não sairá da minha vida nunca. É o que muda meu humor e alguns meses sem ela, não abalam esse encantamento. 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Relação com dieta



Ontem tive duas conversas sobre dieta e na verdade eu mais ouvi do que falei pelo simples fato de não saber o que dizer. Sempre as pessoas falam: eu não sei fazer dieta não consigo, eu fujo da nutricionista, eu não consigo comer regrado porque meu marido não ajuda, não consigo cozinhar para semana inteira.
Entre outras descobri que após um ano e meio em dieta (as mais variadas possíveis), não sei o que dizer para essas pessoas.


Meus convites e passeios não se baseiam mais em onde eu vou comer depois. Descobri muito outros hobbys que podem substituir a preocupação depois de “onde vamos jantar?”
Não quero dizer que não sinto fome, ainda sinto muita fome hehehe. Mas não faço mais questão de centralizar um determinado restaurante como passeio.
Eu levo ainda hoje lanchinhos para o trabalho, porque onde trabalho não há frutas ou uva passa... coisas que estão na minha dieta! Eu pago nutricionista para me dizer o que comer, porque simplesmente não tenho o dom de inventar pratos mirabolantes na cozinha e talvez nem queira ter. Simplesmente reconheço que não sei o que devo comer e alguém me diz o que devo comer.
Claro que com o passar desse tempo meu cardápio reduziu muito e se for parar para pensar no que como... Bom tenho comido alimento de verdade e sim vou a todos os lugares, mas não posso dizer que como tudo o que quero, porque deixei de fazer essa ação “sair para comer algo”.
Como porque preciso do alimento para viver, mas isso não derruba a qualidade do que como, evito comidas salgadas, industrializadas, até porque depois de tanto tempo comendo regrado, certas comidas me deixam passando mal. E é a última coisa que eu quero é passar mal por ter comido demais, não por culpa, mas foi um dos motivos por eu ter largado a bebida esse passar mal me incomoda, então não vi motivo para continuar.

Hoje certamente tenho algo mais importante, como rir à toa com os amigos perto ou que estão longe, ler um bom livro, passear na praia, apesar de todas essas atividades terem sido reduzidas por força maior, o doutorado.

Mas certamente planejamento do cardápio semanal ou comer qualquer coisa pelo caminho, não é para mim. Supermercado básico, comida simples, rápida, sem muito sal, sem muita gordura, funcional! Tá dando certo, deixa estar!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Todos sabemos correr

Acabo de me deparar pela primeira vez que a corrida não é um esporte, mas foi feito um esporte dela. Não somos ensinados a correr, aprendemos a correr já quando estamos começando a andar. Nossas pernas são curtas e queremos chegar ao nosso destino mais rápido.
Perceba que o bebê quando corre levanta o joelho e logo firma o pé por inteiro no chão. Nessa idade não conhecemos nada de tecnologia, não sabemos o que é amortecimento entressola, amortecimento em gel, linha de equilíbrio da sola de um tênis, cabedal...

Com o passar dos anos decidimos correr e eis que escolhem um tênis de acordo com nossa pisada, de acordo com nosso tipo de pé, de acordo com o que vamos enfrentar (asfalto, terra, areia) e de acordo com o que podemos pagar ou não.

Ficamos individualistas mesmo todos os seres humanos serem formados por pés, pernas e terem os mesmos músculos, assim entramos em uma assessoria para "aprender a correr". Acredite eu também tive essa visão, talvez uma semana atrás.
Já tive alguns técnicos que passaram pelos meus treinamentos e nenhum me ensinou a correr, assim como nenhum ensinará.
A  verdade é que o ser humano sabe correr e por motivos de falta de condicionamento físico, falta de vontade, sobrecarga, cotidiano apertado e desculpas que ouvimos, não corremos. Mas sim qualquer animal com pernas corre.
Quando a corrida vira esporte é quando decidimos, correr para competir, para percorrer uma distância no menor tempo que conseguimos. Aí nossa diferença de índios que corriam todos os dias e não tinham lesões... Nos tornamos competitivos, temos treinamentos apertados e estressamos nossos músculos indiscriminadamente. Depois de um tempo aparecem as lesões e alguém fala: você não usou determinado produto... Seja ele um suplemento, um tenis da marca predileta de muitos corredores, um gps que pode ditar melhor seu ritmo ou você não contratou a assessoria que faz verdadeiros corredores, mas com valores bem mais altos do que você pode pagar... 
Fonte: corracomigo.com


Sim isso tudo aconteceu comigo e percebo que tem acontecido com muitos e ai nos ferramos? Nãooo. É que precisamos entender que corrida é um ato como falar e respirar, que precisamos unicamente ter condições físicas para exercê-la, músculos, articulações, tendões e se livrar do excesso de peso.
Entender ainda que corrida e marcha são duas ações diferentes. Corrida é uma sequência de pulos, se é uma sequência de pulos, não usamos o calcanhar e sim precisamos de uma panturrilha fortalecida. 
Então, por que quando compramos um tênis que alguém recomendou que é ótimo para o nosso estilo de pé, depois de termos feitos vários testes de pisada e o amortecimento é garantido, por que sentimos dores? Porque competimos, porque abusamos em exercer alta performance e se estivermos fazendo de forma errada, pioramos ainda mais nosso estado... E daí vem a lesão por estresse.
Isso tem 3 décadas de discussão e é comprovado hoje, quando calçamos um tênis, mudamos nossa corrida. Estamos fadados a confiar em toda a tecnologia que é nos oferecida em troca de conforto e menos lesões.
E conversando com alguns fisioterapeutas, lendo alguns artigos e blogs:
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424485
www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16195994

Vejo que não há evidência na tecnologia que se prescreve para a corrida, mas o que chamamos de técnica de corrida nada mais é do que a ação que nascemos aprendendo, o que nos cabe é aplicar aos nossos treinos,ter condicionamento para ir mais longe e paciência para adquirir velocidade e treino, saber o que te faz mal e o que não faz diferença (sim porque o que não faz diferença deve ser eliminado, incluindo sua orientação cara recebida).


A maneira mais fácil de alcançar a técnica de corrida em tantos anos de indústria de tênis, é descalço. Sendo impraticável em cidades grandes com pessoas que a vida toda usaram sapatos, mas é sim um comparável impressionante. 
Como você corre descalço, sempre será sua maneira natural 
de correr, ainda que seja com seu tênis, minimalista, semi minimalista, drop acima de 0.8mm com ou sem o amortecimento x,y,z. Apenas se sabe que para atingir a sua forma natural de corrida é necessário o pé mais livre possível para a extensão e flexão de dedos, fortalecimento de músculos na corrida e principalmente para manter a angulação correta da articulação talocalcânea.
(fonte:http://www.unomaha.edu/biomech/pdf/Effects%20of%20varying.pdf, tem um outro que compara que quem corre com pé descalço não apresenta desvio nessa articulação)




Se ainda sim se as dificuldades com a corrida existirem e as dores continuarem cada vez mais insuportáveis, acredite, o problema não foi com seu tênis de mil reais, ele apenas pode estar dificultando sua corrida, mas sim você ainda pode fazer valer a pena e tentar copiar sua passada descalça com ele.
É hora de pedir ajuda de alguém que entende como um bom fisioterapeuta. 
Eu realmente entendo que durante tantos anos calçados, pedir para correr descalço  seja quase como pedir para doar um rim, então tente, mas tente no duro onde seu pé costuma correr, não na grama, ou areia.
Do mais meus amigos, sim todos sabemos e podemos correr.






terça-feira, 27 de janeiro de 2015

About Pubalgia

Dr. Roberts,
A few weeks ago I was on vacation and apparently strained a groin muscle running what amounted to 100-yard dashes on the beach with our 9 month old puppy. I did manage four easy runs of 3 to 6 miles on vacation too and have been able to continue running, but I still get pain inside my upper thigh and especially across my lower abdomen when I sit up or turn. It felt good enough yesterday that I ran a few intervals on the track, which might have been a mistake as on the last interval my thigh muscle really started hurting. I have a 5K in two weeks so I don't want to stop training completely but I'm worried about whether I'll be able to do any more speed work.
What is the best way to get this to heal fast?  I'm taking ibuprofen and a rice/heat pad.
Thanks,
Arthur
Dear Arthur,
Healing time for an injury is hard to predict without a firm diagnosis, so I will not be able to tell you if you can race tomorrow or in 6-12 weeks. The likely diagnoses are injury to the muscle-tendon-bone units, the classic groin pull or strain; or a disruption of your normal mechanics. The groin and abdominal strain will take 12 weeks, on average, to heal to 100 percent of strength barring re-injury. The mechanical disruption of your normal kinetic chain motion can be resolved, in some cases, in a day in the hands of a skilled manual therapist.
Sprinting in sand on a beach that likely slopes toward the water is a set up for both injuries. Many people choose to run barefoot on the beach when they are not conditioned or transitioned for barefoot running in soft sand. The slope of the beach sets up an apparent leg length discrepancy and forces the muscles to work in unaccustomed ways setting you up for a groin and rectus (lower abdomen) strain. The slant also puts abnormal stresses on the ankles, knees, hips, pelvis, abdomen, and low back forcing the muscles to contract to different lengths than during usual running, and sometimes causing the pelvis to rotate or the lumbar spine articulations to “lock up” (for lack of a better descriptor). Finally, if you switched to 100 yard sprints from your usual workouts, you may have overloaded the muscle-tendon junctions and caused the strain.
Training errors cause many injuries and this may be the case for you. The muscles will heal with time. Heat, gentle stretching, eccentric strengthening and a gradual return to running should do the trick, unless you mechanics are out of line (think of the alignment in your car). Then you will need to be evaluated for kinetic chain dysfunction and may require the services of a sports minded DO, PT, or chiropractor for manual therapy.
I hope this helps.
Cheers,
Bill

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O que aprendi sobre dieta em 2014?

Nada.
Essa é a resposta mais prudente para eu dar. Eu tentei a Dukan e descobri que ela não pode ser praticada durante muito tempo porque causa tontura e é pobre em nutrientes. Fiz dieta reduzindo carboidratos de índice glicêmico alto, a mesma dieta dos diabéticos, passei fome porque estava treinando para um treino de 21km e continuava com o frisson por doces.
Tentei reduzir apenas os carboidratos e as gorduras, mas sempre sentia fome nas 18h e ficava perdida com o que comer.
morangos com uvas sem caroço
Fazia pratos muito legais, mas na refeição seguinte ou fazia hipercalórico ou hipocalórico demais. Conclusão entre uma competição e outra meu peso aumentava e diminuía, até que eu voltei ao peso que terminei 2013... quase na verdade, terminei mesmo foi com 65kg (2013) e 63kg (2014) e com porcentagem de 25% e agora 22%. Mas como corri e fiz outros esportes ao longo do ano o corpo ficou mais modelado... Apesar da maldita barriga tá lá.
E esse foi o problema que originou muitos outros problemas a barriga, a falta do fortalecimento do core.

banana amassada com chia e aveia 

Esse ano comecei a pensar na possibilidade de simplesmente detonar essa barriga. Não porque esteticamente não combina com uma atleta, mas porque é o ponto de equilíbrio de todo corredor e precisa ter uma estrutura fortalecida para isso.
Quando se fala em reeducação alimentar parece até que vai comer determinada comida a vida toda.
Se você é um cara ocupado que pratica atividades físicas alguns dias na semana e quer definir o corpo, você vai comer batata doce e frango sempre? Não, tenho certeza que não, reeducação é muito além de quantos ovos, batata doce e frango um indivíduo consegue comer.

A verdade é que tudo que você faz hoje, não é permanente, as dietas quando feitas por um nutricionistas são mudadas mensalmente ou não.
Não é sempre que estamos treinando e há momentos que precisamos ser controlados. Mas que controle? Cálculo de calorias, de cada grupo alimentar que você precisa comer e como diversificar sua alimentação (acho que tem bem mais coisas) quem faz isso é nutricionista.

Descobri que dessa maneira eu não preciso mais inventar moda e posso manter meu peso, minha porcentagem de gordura e meus treinos sem desmaios e tonturas.
Assumir que nao temos capacidade de algo, no caso da alimentação, é respeito com o corpo.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Depoimento Carolina Vaccari










Gente posso falar??? Bom eu vou!!

Olhem para a tabela com atenção... (vai lá eu espero)


Eu perdi uma média de 1kg por mês, ao longo de um ano todo. Gente 1kg por mês não é absurdo, não é impossivel, é questão de querer e se organizar pra isso. Alias, eu acho que vc pode mais!!!

Se vc deixar de lado os impecílios (eu sei que eles sempre existem) e encarar com coragem os proximos 12 meses, vc vai conseguir não apenas oq eu consegui, vc terá essa beleza de MUITOS kg a menos que meus amigos mostraram ai em cima.

Eu sei que é difícil quando se tem criança, marido, esposa que não querem seguir sua nova alimentação. sei que as vezes fica dificil pagar uma academia, ir a medicos e nutricionistas. 

Mas pera lá, vc entrou pra essa Família pq?? pra reclamar, pra dizer q tem " N" problemas??? TODOS , sim TODOS temos dificuldades, mas só quem pode superá-las é quem realmente QUER supera-las. QUERER

Parques e praças públicas, vamos caminhar, correr, pular corda, subir escadas, fazer flexao e abdominal. MEXA-SE

Não se engane, você sabe que doces, frituras, massas em enxagero, carnes muito gordas, refrigerantes não vao te ajudar a emagrecer. PARE com elas, não precisa comprar o kit Dukan que é absurdo de caro pra conseguir emagrecer, precisa ter vergonha na cara e FORÇA DE VONTADE (eu sei que é dificil, eu sei, ainda sou uma gordinha que adora chocolate e picanha), DIGA NÂO

Mude seu estilo de vida, acorde pra vida, não pro café da manha com pizza fria de ontem anoite. Tome água ( 2 a 3 litros por dia) coma frutas, todas elas (sem exagero), alimente-se de 3 em 3 horas, pequenas porções 5 a 6 vezes ao dia, mantenha-se ativo. SEJA SAUDÁVEL!!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O que 2014 me ensinou sobre corrida?

Esse post deveria ter sido feito em 2014, mas no primeiro dia de 2015 começo a me recuperar de uma lesão a 3a lesão que me acometeu desde o início de 2014
Por tantas vezes abaixei a cabeça e conversei com meu corpo tentando entender o que ele quis me dizer. Será que não sou uma corredora? Será que é o tênis? Será que meu treinamento está correto? Será que não estou descansando direito?
Via tantos amigos esse ano saindo e entrando logo em outras competições com tanta facilidade que me causava tanta frustração não estar presente.
Então nessa última lesão estou começando a entender meus erros.
Ao pensar nas minhas lesões eu não conseguia perceber nenhum ponto comum entre elas, com exceção de um: toda lesão era depois ou perto de alguma competição que havia algum desafio.
Então entendi que eu posso ter tido 3 desafios:
1 - Ultraitimura, um treino de 21 km, nunca feito antes. E que minha quilometragem na semana não passava de 20km. Mesmo assim ousei. Resultado: derramamento articular no joelho direito, que me tirou das pistas por 1 mês.
2- Meia maratona internacional. O que envolve o treino da meia é o medo do derramamento acontecer de novo, por isso quis me acostumar com a distância, mas também pensei que quanto mais rápida eu fosse menos tortura para meu corpo. Então me preocupei com a velocidade, no entanto, induzi meu organismo a correr o mais rápido em todos os treino, tanto longos, quanto intervalados e outros. Estava sem treinador, apenas uma assessoria de graça na internet, não desmerecendo,porque era muito boa. Corri tao veloz que estava beirando um pace de 5:50min/km... Um recorde pessoal em corridas com mais de 10km.Resultado: Final de junho minha panturrilha sofreu o overtranning após uma corrida de 18km, Pensei em calcanhar de Aquiles, mas fui prudente e parei. O problema é que parei demais e não continuei a academia, voltar em agosto ao condicionamento de junho foi difícil. Uma compressa de água quente todos os dias me ajudou a continuar o treinamento e fazer a prova. Após a prova não senti dores, sem derramamento e não lembro de sentir dores na bacia.
3 - Em Setembro apareceu a oportunidade de correr minha primeira prova de areia. Achei fantástico. E assim treinei, mas a mudança de piso não foi tão gradual e logo me coloquei a correr em areia. Sempre, mesmo que meu treino era para asfalto e sempre com o pace mais baixo. Resultado: pubalgia, terminei o desafio do revezamento de praias e as dores se intensificaram, não conseguia levantar da cama sem sentir dores.


Pensei durante muito tempo o que esses 3 eventos tinham parecidos, falta de treinamento? Não...
Mas em todos eu queria ser rápida em todos os treinos... Eu ja tinha ultrapassado meus limites de velocidade e sabia que poderia fazer de novo, na procura pelo pace perfeito, meu organismo se cansou, se estressou e perdeu o prazer de correr.
O que 2014 me ensinou foi o respeito com o meu corpo, e isso para mim significa ter paciência. Determinadas competições eu nunca tinha feito e meu corpo não sabia o que esperar e nem certamente não estava preparado, mas jogue a primeira pedra quem nunca foi competir sem não ter treinado suficiente. Bom que isso ocorreu ok, mas precisava ser num pace mais brando e nao sempre querendo quebrar recordes.
Eu entendi qual o gosto por correr, esse gosto não tem dor, não tem ansiedade de fazer o tempo x ou y... Apenas o prazer de curtir uma música e terminar a prova. Por mais que eu vá toda equipada, com agua, gatorade, nada vai substituir a minha paz de espírito e a minha despreocupação com o resultado de uma simples corrida.

2014 me ensinou a correr 21km, a correr na areia e não botar nenhuma expectativa em nenhuma corrida, apenas concluí-la.
E assim seguirei!
Que 2015 seja com muito menos lesão.
http://www.ted.com/talks/christopher_mcdougall_are_we_born_to_run